UX de Onboarding – Tudo o que você precisa saber

Semana passada eu fui jogar The Witcher 3 depois de muito tempo.

Mas não demorou muito para perceber que eu tinha esquecido TODOS os controles.

Então eu comecei a testar os botões e morri várias vezes, mas de alguma forma eu acabei pegando o jeito depois de uma meia hora.

Agora eu sei que não sou o melhor gamer do mundo e que provavelmente outra pessoa teria aprendido tudo em questão de minutos, mas ainda restaram algumas perguntas.

ux de onboarding

Não seria melhor se o jogo entendesse que eu fiquei sem jogar por muito tempo e oferecesse um resumo rápido do onboarding inicial?

Talvez.

Em primeiro lugar, trata-se de um jogo – eu não estava lá para aprender. Tudo o que eu queria era jogar. Mas, por outro lado, eu não poderia receber algumas dicas rápidas sem me distrair do jogo em si?

Com certeza.

Em qualquer situação, o onboarding de usuários dependerá do que é o produto, quem é o usuário e diversos outros outros fatores. Você deve primeiro reconhecer que o seu produto SaaS não é um jogo e que nem todos os seus usuários estão ansiosos para usá-lo. Para aperfeiçoar a UX do seu onboarding, você precisa levar tudo em consideração e sempre pensar a partir da perspectiva do usuário.

Neste artigo, veremos:

O que é UX de onboarding?

A UX de onboarding – ou experiência de usuário no onboarding – começa no momento em que um usuário entra no seu site, app, ferramenta ou produto. Esse processo é o primeiro passo do seu relacionamento com o usuário e pode ter um papel fundamental na decisão dos seus clientes de fazer uma compra ou um upgrade.

Embora a UX do onboarding seja crucial para a aquisição e retenção de clientes, devemos manter uma coisa em mente.

O onboarding não serve apenas para fornecer guias e tutoriais aos usuários – ele é muito mais do que isso. Ao criar uma experiência de onboarding perfeita, você garante que os usuários podem e vão usar o seu produto sem problemas.

Uma experiência de onboarding com uma mensagem de boas-vindas acolhedora e amigável, uma navegação fácil e uma boa explicação do objetivo do produto que apresente apenas os detalhes necessários é ideal para qualquer empresa SaaS. É claro que há espaço para mudança de acordo com as questões específicas de cada marca e produto, mas isso dependerá da sua interpretação do processo de onboarding.

Por que a experiência do usuário no onboarding é tão importante?

Novamente, é provável que você esteja se perguntando por que a UX do onboarding é tão importante. E a resposta é simples:

A primeira impressão.

Não estou dizendo que devemos julgar um livro pela capa, mas às vezes é o que acabamos fazendo, então você deve estar preparado para isso.

A verdade é que a abordagem de uma empresa SaaS em relação ao suporte ao cliente e às vendas fica bem clara na forma com que eles recebem seus usuários. Pessoal, entendam os sinais: não tem tutorial no app? Então o suporte ao cliente é folgado. Os guias não são puláveis? Então os vendedores são insistentes demais. Há muitos hotspots? Então a equipe de produto é muito confusa.

Brincadeiras à parte, há sólidas evidências de que a UX do onboarding afeta seriamente o restante da jornada do cliente. Aqui estão algumas estatísticas:

  • 63% dos clientes dizem que a experiência de onboarding afeta suas decisões em relação a uma possível compra.
  • 80% dos usuários dizem que removeram um app porque não sabiam como usá-lo.
  • 86% dos usuários dizem que continuariam comprando de empresas que enviam mensagens de boas-vindas e oferecem um onboarding educacional após a compra.

Agora que você sabe que precisa de um UX de onboarding de qualidade que esteja perfeitamente alinhado com a sua marca, vamos falar um pouco sobre padrões de UX de onboarding e como escolher o padrão certo para o seu caso de uso.

Padrões de UX de onboarding

padrões de ux de onboarding

Eu não sou um desenvolvedor de UX, mas sei bem como a UX funciona. E se você me perguntasse o que eu sei exatamente, a primeira coisa que eu diria seria o seguinte: todo produto precisa de um UX de onboarding diferente.

Você não pode fazer o onboarding do The Witcher 3 com vídeos, pois trata-se de um jogo e ele precisa ser interativo. Da mesma forma, guias podem não ser a opção ideal para o onboarding de um site simples com apenas uma página. É por isso que temos vários padrões de UX de onboarding.

“Mas o que é um padrão de UX de onboarding?”, você pode estar se perguntando. Bem…

O que é um padrão de UX de onboarding?

Um padrão de UX de onboarding é um método ou tipo específico de UX design que os designers usam de acordo com o tipo e caso de uso de um produto e com as necessidades específicas dos usuários. Walkthroughs, hotspots e guias são tipos diferentes de padrões de UX que são criados de acordo com esses critérios.

Em SaaS, estamos em contato direto com padrões de UX todos os dias – de uma forma ou de outra.

Na maioria das vezes, fazemos um onboarding e somos direcionados por eles sem nem percebermos. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre eles e abordar alguns dos tipos principais de padrões de UX de onboarding.

Tipos de padrões de UX de onboarding

Certo, experiências do usuário como guias e tours de boas-vindas são todos padrões de UX de onboarding – nós entendemos –, mas que tal categorizar esses padrões adequadamente?

De acordo com a nossa equipe de produto, há duas categorias principais de padrões de UX de onboarding: onboarding de tour e onboarding contextual.

1- Onboarding de tour

De tutoriais guiados e guias interativos a informes de atualizações, o onboarding com tour é um dos principais tipos de padrões de UX de onboarding e geralmente ocorre no onboarding inicial.

ux de onboarding no mailchimp

O Mailchimp faz os usuários escolherem entre três opções antes dos guias do produto

Por que usar padrões de UX de onboarding de tour?

O onboarding com tour talvez seja a melhor forma de fazer o onboarding de novos usuários que não têm ideia de como usar o seu produto. Esse tipo de onboarding geralmente utiliza checklists e barras de progresso para atenuar o fato de ser um padrão naturalmente extenso.

Vantagens
  • A capacidade de fazer um onboarding completo dos usuários
  • A capacidade de apresentar e promover recursos menos usados
  • A capacidade de deixar uma boa impressão rapidamente
Desvantagens
  • Estigmatizado por sua duração
  • Maior possibilidade de ser pulado
  • Irritante para usuários existentes que estão recomeçando

2- Onboarding contextual

O onboarding contextual envolve segmentação, lugar e momento – ou seja, contexto. Enquanto o onboarding de tour possui um escopo mais amplo sobre o produto, o onboarding contextual foca em áreas específicas.

Você pode precisar de um padrão de onboarding contextual ao fazer o onboarding de usuários em um novo recurso para lembrá-los de um atalho ou simplesmente para anunciar uma atualização ou campanha. Tooltips, hotspots e pop-ups são todos padrões de onboarding contextual.

Por que usar padrões de UX de onboarding contextual?

A UX de um onboarding de tour tem o potencial de oferecer um walkthrough completamente específico, mas às vezes isso pode ser muito exagerado.

Nesses casos, um onboarding contextual é a opção mais adequada. Hotspots e tooltips são perfeitos para pequenos detalhes que você não conseguiu encaixar no guia do produto inicial, enquanto pop-ups são ideais para um anúncio.

Vantagens
  • Útil e geralmente divertido para os usuários nas etapas inicial e intermediária da sua jornada
  • Bom para fazer os usuários usarem mais recursos
  • Pode ser usado como onboarding inicial para os usuários que pularam o tour
Desvantagens
  • Pode ser irritante (principalmente os pop-ups)
  • Espaço limitado para conteúdo estendido

Quando usar qual tipo?

Acredito que ficou bem claro quando você deve usar um padrão de onboarding de tour ou contextual de acordo com suas definições. No entanto, escolher entre subcategorias como guias e tours ou hotspots e pop-ups pode ser um desafio.

padrões de ux de onboarding

Quando estiver nessa situação, faça estas três perguntas:

Qual é o conteúdo?

Ao escolher um padrão de UX de onboarding, o conteúdo que você oferecerá por meio do padrão é a maior prioridade.

Você não pode simplesmente criar o onboarding inicial para um produto complexo com hotspots. Da mesma forma, um guia do produto completo para um produto mais simples é simplesmente desnecessário e intimidador.

Em primeiro lugar, é importante que você considere o seu objetivo ao criar um padrão. Não faça demais, mas também não faça de menos.

Quem verá esse padrão?

O público ou o segmento de usuários desse padrão também é um critério importante.

Embora seja possível adaptar o seu padrão de UX de onboarding de modo que ele fique visível a apenas alguns dos seus usuários, você ainda terá que decidir qual deles é o mais adequado.

Por exemplo, em um cenário que você tenha que escolher entre um hotspot e um tooltip, a melhor coisa a se fazer é ver para qual segmento o padrão foi criado. Enquanto um iniciante pode precisar de um hotspot, isso pode ser muito irritante para um cliente mais antigo.

Na dúvida, escolha a opção mais amigável. Se o padrão de UX não foi feito para segmentos individuais, mas para todos os usuários, utilize uma linguagem compreensível e um CTA claro.

Quando ele é exibido?

Um padrão de UX de onboarding aparecendo no momento errado é uma receita para o desastre.

É exatamente por isso que você deve considerar quando o padrão de UX será disparado ao escolher entre as opções. Por exemplo, a ferramenta de onboarding inicial nunca pode começar tarde demais, e é irritante demais para o usuário quando um pop-up aparece no meio de um negócio urgente.

Nunca subestime a psicologia do momento. Um erro de timing é o bastante para desmotivar até mesmo os clientes mais fiéis.

Como criar um UX de onboarding efetivo?

Agora que você sabe o que é UX de onboarding, por que isso é importante e os tipos de padrões de UX existentes, chegou a hora de ver o que realmente interessa.

Como criar um excelente UX de onboarding?

Um UX de onboarding de sucesso não é nenhum milagre.

Na verdade, se você conhece bem os seus usuários e testa a UX com frequência, esse processo é bastante viável. O segredo é seguir os passos certos.

É claro que os passos para um bom UX design mudam drasticamente entre diferentes setores, empresas e até mesmo objetivos. Mesmo assim, é possível seguir algumas linhas gerais.

Então vamos conferir cada detalhe desse processo.

1- Determine as necessidades e expectativas do usuário

Quem você está tentando receber?

Usuários.

Portanto, é óbvio que você deve analisar as necessidades e expectativas dos usuários. Embora eles não saibam, os usuários têm muitas necessidades quando entram no seu site/app/produto.

Um dos maiores problemas ao determinar as necessidades dos usuários é que, às vezes, essas necessidades e expectativas só são identificadas na ausência de um bom UX de onboarding que atenda a essas necessidades e expectativas. É por isso que os padrões de UX de onboarding são constantemente refeitos e melhorados.

Se você está refazendo um UX de onboarding, determinar as necessidades e expectativas do usuário não é difícil. Você pode conduzir uma análise de dados, fazer entrevistas com os usuários ou simplesmente usar uma pesquisa de satisfação do cliente ou uma pesquisa NPS.

No entanto, se você está começando a criar a UX do seu onboarding do zero, é provável que você ainda não tenha nenhum dado concreto. Nesse caso, você pode:

  • Conduzir uma pesquisa de mercado
  • Analisar os estudos de caso de produtos parecidos
  • Entrar em contato com clientes atuais por meio de entrevistas ou clientes em potencial em fóruns

Busque soluções em qualquer uma dessas opções ou simplesmente arris que, mas sempre determine as necessidades do cliente antes de começar a criar a UX do onboarding.

2- Desenhe a jornada do usuário

Assim como um artista desenha um esboço, os designers de UX devem desenhar um mapa da jornada para garantir que cada meta do onboarding seja alcançada e que não surja nenhum contratempo no plano.

ux de onboarding mapa da jornada do usuário

Esse mapa da jornada pode incluir diferentes metas e personas de usuário para diferentes processos de onboarding, mas também é possível criar um esboço de como a criação do mapa da jornada funciona.

Decidindo o alcance e a persona

Para criar um mapa da jornada do usuário apropriado, você deve saber onde exatamente a jornada ocorre. Afinal de contas, trata-se de um mapa.

Por exemplo, a UX do onboarding pode cobrir todo o produto, uma página de um site ou simplesmente apenas um recurso do produto.

Em seguida, você deve definir a persona, que é uma parte crucial de qualquer mapa da jornada do usuário.

É comum que uma jornada do usuário gire em torno de uma persona de usuário, e é exatamente por isso que você precisa começar a criar a UX do onboarding com a pesquisa do usuário. A partir dos dados da pesquisa inicial, os designers podem criar uma persona que represente o público do produto.

Considerando as necessidades, expectativas e intenções do usuário

Você tem o alcance do mapa e uma persona, mas este não é o único caso de uso para a sua pesquisa do usuário inicial.

A pesquisa do usuário ideal se aprofunda nas necessidades, expectativas e intenções do usuário, e estes são todos fatores que precisam ser considerados no mapa da jornada.

Uma coisa que muitas vezes é ignorada nesse passo é como o usuário pode estar se sentindo em cada parte do processo de onboarding.

Já se perguntou por que alguns processos de onboarding são irritantes?

Porque eles não consideram os sentimentos do usuário. Nós também temos sentimentos, viu?

Listando os pontos de contato

Após descobrir onde o onboarding deve ocorrer e tudo o que você precisa saber sobre os seus usuários, chegou a hora de começar a criar o processo de onboarding com seus pontos de contato principais.

O ideal é que os pontos de contato estejam alinhados de uma forma que também mostre as emoções do usuário. Por exemplo, veja só este template de mapa da jornada do usuário.

Após esses passos – e mais alguns passos adicionais em cenários diferentes –, você terá um mapa da jornada do usuário que pode ser usado para a UX do seu onboarding.

3- Considere opções móveis e web

Qualquer designer de UX experiente sabe que a UX de onboarding é bem diferente no celular e na web.

É claro que, no geral, ambos têm o mesmo propósito. No entanto, tecnicamente há diferenças, portanto considere a possibilidade de construir um UX bom para ambos ou com foco em cada um deles, se você tiver recursos para isso.

Se você realmente precisa de opções para celular e web, o importante é que você pode fazer um bom trabalho em ambos.

Veja só a UX do onboarding da versão web e do app móvel do Duolingo, por exemplo.

ux de onboarding duolingo

A qualidade da UX do onboarding de ambos é excelente, e você não sente como se estivesse perdendo algo ao escolher uma das opções.

Por que criar um onboarding para o app móvel?

Embora apps móveis sejam mais fáceis de navegar e aprender agora que todos nós viramos zumbis com um celular na mão, as tecnicalidades e como cada fluxo funciona podem ser diferentes na UX de onboarding móvel.

Embora uma tela menor possa ser um fator limitante, a natureza flexível dos apps móveis pode ser uma vantagem.

Por que usar um onboarding para web?

No mundo profissional, o tipo de onboarding que estamos acostumados a usar é o onboarding baseado na web. Com soluções inovadoras como o Slack e diversas outras ferramentas criadas originalmente para web, parece que tiramos o foco do onboarding para web.

Mas é claro que não é bem assim.

O onboarding para web está ficando cada vez melhor 💪

Apenas 10 anos atrás, ainda estávamos tentando ler manuais do usuário.

Há cinco anos, estávamos navegando por bases de conhecimento que eram verdadeiros labirintos apenas para descobrir como usar um recurso da ferramenta.

No entanto, hoje em dia a educação do usuário na web está melhor do que nunca, atingindo o pico histórico de satisfação do usuário.

user onboarding web

Espera, mas o que exatamente há de novo? O que mudou?

Tudo

Tours guiados que conduzem os usuários em guias do produto estão mudando os padrões

Guias interativos são o futuro do onboarding

Checklists, tooltips e hotspots estão tornando o processo mais proativo do que nunca

Pesquisas NPS são ideais para avaliar a satisfação dos usuários

Resource centers existem para ajudar na navegação dos usuários por artigos e guias – sem precisar sair da página principal

E onde eu consigo encontrar tudo isso?” Bem aqui, na UserGuiding.

Adote a UserGuiding e melhore a experiência de onboarding dos seus usuários hoje mesmo!

4- Aperfeiçoe o design final

Após escolher o meio para a UX do seu onboarding e desconsiderar alguns passos que podem variar de projeto para projeto, você basicamente terá um design completo.

Nesse ponto, só ficará faltando um pouco de polimento e alguns toques finais.

Antes de publicar a UX do onboarding, a nossa equipe de produto recomenda repassar o mapa da jornada do cliente uma última vez para garantir que nenhuma questão foi deixada de lado.

5- Conduza testes com usuários

O teste com usuários é um passo que pode aparecer em qualquer posição da lista devido aos diferentes tipos de métodos de testagem com os usuários. Esse passo serve para detectar problemas na UX do onboarding e resolvê-los.

Ao testar o protótipo do seu produto ou o design final com os usuários, a primeira coisa que você deve fazer é determinar os objetivos. Por exemplo, você pode verificar:

  • Quanto tempo demora para finalizar o onboarding
  • Qual é o estado mental e emocional do usuário
  • Se o usuário atinge os objetivos finais com facilidade
  • Se há qualquer sugestão para melhorar a UX do onboarding

Em seguida, dependendo do tamanho do projeto e do seu orçamento, é hora de escolher o método de testagem.

Tipos essenciais de testes com usuários

Entrevistas com os usuários – com esse tipo de teste com o usuário, os designers podem fazer com que qualquer pessoa use o produto e faça o onboarding. As entrevistas são individuais, logo há uma margem de erro por conta da falta de um ambiente controlado.

Testes A/B – em testes A/B, os usuários veem duas versões diferentes de um UX de onboarding para que a melhor seja usada, mas as partes da outra versão que agradaram também podem ser adicionadas à versão melhor.

Teste de usabilidade remoto – assim como entrevistas com usuários, o teste de usabilidade remoto ocorre fora de um ambiente controlado e pode ser moderado ou não. Esse tipo pode ser usado para reduzir os custos.

Teste de guerrilha – outro método bom de teste com usuário para empresas com orçamento limitado, o teste de guerrilha escolhe pessoas aleatórias para testarem o produto em qualquer lugar. Os usuários podem receber um pequeno prêmio por sua colaboração; por essa razão, este é um método popular para startups.

Rastreamento ocular – um método mais específico e detalhista, o rastreamento ocular usa ferramentas para rastrear para onde os usuários mais olham durante o processo de onboarding.

Após conduzir testes com usuários, resta apenas analisar os dados. Como o usuário é a variante mais importante do processo de onboarding, esse passo possui um papel importante em todo o design da UX do onboarding, portanto recomenda-se que os testes com usuários sejam conduzidos com grupos grandes – quanto maiores, melhor – e idealmente mais de uma vez durante a fase de design.

Como melhorar os seus processos de onboarding em UX?

UX de Onboarding - Tudo o que você precisa saber

“Agora eu sei como construir um UX de onboarding. Obrigado, tchau!”, você pode estar pensando.

Mas deixa eu contar uma coisa: tanto o onboarding quanto a UX estão sempre mudando, tanto para o setor quanto para a empresa. Combine os dois e você terá um ciclo infinito de atualizações e melhorias. Parece divertido, né? 🤩

É possível que você fique insatisfeito com as taxas de sucesso do onboarding em comparação com as suas expectativas quanto ao mapa da jornada do usuário, ou que você tenha resultados melhores do que as expectativas e comece a buscar formas ainda melhores de criar a UX do onboarding.

Seja qual for o seu caso, nós temos a solução.

Vamos falar sobre o que você pode e deveria fazer para melhorar a UX do onboarding existente.

1- Reduza a carga cognitiva

De acordo com a nossa equipe de produto, a pior coisa que você pode fazer em um processo de onboarding é aplicar uma carga cognitiva excessiva nos seus usuários.

“Mas o que exatamente você quer dizer com carga cognitiva?”, você pode me perguntar.

A carga cognitiva se refere à Teoria da Carga Cognitiva de John Sweller, e isso significa a quantidade de informação que o seu cérebro é capaz de absorver por vez. De acordo com essa teoria, há três tipos de cargas cognitivas: intrínseca, estranha e relevante.

Carga cognitiva intrínseca

A carga cognitiva intrínseca se refere à dificuldade de aprendizagem existente de um dado conceito. Por exemplo, entender 2+2 e entender como um código funciona são duas coisas diferentes com dificuldades diferentes.

No entanto, só porque um conceito é intrinsecamente mais difícil de entender, não significa que você não pode torná-lo mais fácil. E este é o objetivo principal ao criar um processo de onboarding.

Carga cognitiva estranha

Ao tornar algo muito mais difícil de entender do que precisa ser, você cria uma carga cognitiva estranha. Isso, é claro, resulta em mais irritação e menos engajamento. Não fale sobre o que é uma maçã quando você pode simplesmente mostrar uma.

Carga cognitiva relevante

A carga cognitiva relevante é o esforço e a disposição de uma pessoa de entender novas habilidades e conceitos. Portanto, tudo se resume à disposição dos usuários. No entanto, fazer com que os usuários tenham vontade de aprender é outro truque que você pode usar com um bom UX de onboarding.

Para garantir menos carga cognitiva, você precisa minimizar a carga estranha, maximizar a carga relevante e gerenciar a carga intrínseca. Isso significa livrar-se de informações desnecessárias, aumentando a disposição dos usuários de aprender e garantir que nada seja mais complexo do que deveria.

2- Analise os dados e depois se aprofunde

Se a UX do onboarding não estiver gerando os resultados que você esperava, isso significa que pode haver um problema com a UX do onboarding.

E a melhor forma de identificar o problema é analisando alguns dados.

E eu não me refiro necessariamente a testes com usuários. Os testes com usuários podem e devem ser conduzidos antes e depois do lançamento.

Mesmo assim, antes de partir para o tudo ou nada, há outras formas de testar e entender o que exatamente está ocorrendo no processo de onboarding, como aprendizado de máquina e ferramentas de analytics.

Você deve analisar:

  • Quanto tempo demora para um usuário concluir um tour ou guia;
  • Quanto tempo demora para um usuário interagir com um pop-up;
  • Se os usuários interagem com hotspots ou não;
  • Quais padrões de UX são disparados e quais não são.

Estes são apenas alguns exemplos do que você pode fazer com um pouco de ciência de dados.

Após responder a essas perguntas, a resposta começará a se formar na sua cabeça. Além disso, você pode ter mais insights de como melhorar a UX e como resolver os problemas.

3- Pare de forçar a barra com os usuários

Lembra quando eu disse que a nossa equipe de produto diz que uma carga cognitiva excessiva é a pior coisa?

Bem, para mim, um guia forçado é ainda pior.

Felizmente, as empresas SaaS estão começando a se livrar desse padrão de UX batido e de outra coisa que talvez o surpreenda: guias do produto.

Thankfully, SaaS companies are starting to get rid of that hellbent UX pattern, ass well as something else that might surprise you: product tours.

Em um dado momento, algum designer de UX genial deve ter percebido que, bem… os usuários não se importam com todo o produto.

É por isso que cada vez mais apps e sites estão empregando padrões de UX puláveis e divididos em partes, e esta é a melhor notícia de UX da década. Dê só uma olhada neste pequeno e adorável checklist, por exemplo.

checklist ux de onboarding

4- Pense como o usuário

Uma das nossas designers de produto, a Selcen Kökcü, me disse uma vez:

“O onboarding é como um pedestre atravessando a rua. Os usuários conseguem ver o tempo restante no semáforo para cruzar as faixas no asfalto. Tire o semáforo e eles não saberão quanto tempo resta; eles podem entrar em pânico e ficar lá de pé esperando. Tire as faixas do asfalto e eles não saberão por onde podem atravessar a rua.”

Selcen Kökçü, Designer de Produto na UserGuiding

O ponto é que você não quer que os seus usuários se envolvam em acidentes de carro. Portanto, entenda que você precisa do semáforo, do indicador de tempo e das faixas no asfalto, que indicarão onde eles devem atravessar.

5- Volte à estaca zero

Depois de tudo isso, ainda tem algo fora do lugar? Então volte ao início.

Se as coisas não ficaram como você esperava a partir do seu mapa da jornada inicial ou se elas funcionaram bem demais, o ideal é voltar e verificar onde você errou e onde você acertou.

Esta é a única forma de resolver o problema ou preservar o que você fez de uma vez por todas.

Como o mapa da jornada do usuário é a informação mais organizada que você tem, talvez seja melhor revisá-lo.

Mas saiba que, às vezes, a origem dos problemas está na compreensão errada ou inadequada das necessidades e expectativas dos usuários.

Você pode ter que refazer toda a UX do onboarding ou apenas resolver alguns problemas, mas certamente o melhor lugar para procurar os problemas no design final é geralmente bem no início do processo.

As 3 melhores práticas de UX de onboarding e alguns exemplos

Lembra quando eu disse que você pode se livrar da carga cognitiva estranha simplesmente mostrando o que é em vez de dizer o que é?

Bem, chegou a hora de se livrar de toda essa carga.

Sem mais delongas, vamos ver alguns ótimos exemplos e as melhores práticas para criar um UX de onboarding de sucesso.

1- Slack

Amado por muitos e um excelente começo para qualquer lista de UX de onboarding, em primeiro lugar temos o Slack.

Com seu onboarding proativo e amigável, o Slack faz tudo o que uma ferramenta de comunicação em equipe deveria. Dê uma olhada.

A UX do onboarding do Slack conta com uma bela mensagem de “boas-vindas” e simpatia na medida certa.

Depois disso, há um botão para iniciar o processo de onboarding, o que eu acho genial, já que alguns de nós não queremos começar logo de cara e acabar perdendo todas as informações no final.

Mesmo assim, provavelmente a melhor parte é o botão “pular tutorial” para usuários que já conhecem o produto. Além de tudo isso, você ainda pode terminar o tutorial a qualquer momento e pular os pop-ups. Não é preciso passar por todo esse pesadelo com o Slack.

E não podemos nos esquecer do Slackbot. O onboarding começa após interagir com ele e continua com sua orientação. Um toque pessoal importante para dar uma impressão de mais cuidado com o usuário.

ux de onboarding slack estado vazio

Por fim, o Slack sabe exibir mensagens aos usuários como ninguém. Com dicas rápidas, informações ou até mesmo uma piada, a UX fica muito mais pessoal e amigável.

Melhores práticas

  • Não se esqueça de dar as boas-vindas aos seus usuários
  • Deixe os usuários iniciarem o tour por conta própria
  • Não force os usuários a fazer o tour
  • Forneça o máximo de orientação possível, bots podem ser uma boa opção
  • Exibir mensagens é ótimo para onboarding indireto e fazer os usuários usarem novos recursos

2- Notion

O Notion é uma das minhas ferramentas favoritas, e sua abordagem em relação a UX e onboarding possui um papel importante nisso.

Tanto no onboarding de cadastro quanto no onboarding in-app, o Notion é o mais direto e divertido possível. Vamos dar uma olhada nele.

Ao fazer o cadastro, o Notion segue um processo de quatro passos que demora apenas alguns minutos e alguns cliques. Você pode sempre passar o mouse sobre os hotspots para obter mais informações.

Além dos hotspots in-app que lidam com alguns dos processos de onboarding para novos usuários do espaço de trabalho, o Notion também apresenta aos recém-chegados uma página privada para que eles se acostumem com os recursos – e também usando um padrão de checklist!

Melhores práticas

  • Mantenha o processo de cadastro inicial curto e avise os usuários de que ele é curto
  • Para manter a abordagem minimalista, utilize hotspots – durante o cadastro e no próprio app
  • Deixe os usuários trabalharem em um ambiente de teste (sandbox) se o seu produto permitir
  • Os checklists não precisam seguir os padrões convencionais, você também pode usá-los em uma página em branco

3- ClickUp

O ClickUp está entre as melhores opções para quem busca uma ferramenta de gestão de equipe, mas estamos aqui hoje para falar sobre seus padrões de UX de onboarding impecáveis. Então vamos ver como é.

O onboarding inicial do ClickUp está entre os meus favoritos, pois o ClickUp não usa apenas checklists, mas também tutoriais em vídeo, afinal é muito mais difícil para o ClickUp criar um ambiente de teste.

Não só isso, mas eles também indicam quantos minutos leva cada passo: o processo todo termina em cerca de sete minutos.

ux de onboarding clickup

Como o ClickUp não tenta apresentar todas as dezenas de recursos, o restante dos recursos são apresentados aos usuários por meio de tooltips.

ux de onboarding popup clickup

O mais divertido dessas ferramentas é que elas costumam mostrar um pequeno GIF para garantir que você vai entender o que deve fazer com o recurso.

ux de onboarding tooltip clickup

Melhores práticas

  • Dependendo do seu produto, você pode optar por um tutorial em vídeo e ainda apresentá-lo em um padrão de checklist
  • Indicadores de progresso e tempo, até mesmo na forma mais simples, são cruciais para manter os seus usuários engajados
  • Você não precisa mostrar todos os recursos de uma só vez, você pode usar tooltips para educar os usuários à medida que usarem mais parte do produto
  • Se você não conseguir oferecer plena interatividade, GIFs também funcionam muito bem

Conclusão

A UX de onboarding requer um enorme esforço com pesquisas, análises e atualizações regulares no design. Mesmo assim, se você conseguir criar um design funcional, basta manter o processo com melhorias e adições. Nada que você não consiga lidar após ter chegado à conclusão deste artigo. Lembre-se, a UX de onboarding é como um pedestre atravessando a rua: se você tiver o máximo de cuidado ao criá-lo, talvez seus usuários nunca consigam chegar ao outro lado da rua. Mantenha os usuários seguros e felizes!


Perguntas Frequentes


O cadastro faz parte do onboarding?

Sim. Em muitos casos, o cadastro também é incluído no onboarding. Isso porque o cadastro é o primeiro passo para usar um produto ou site, e o onboarding deve começar nesse ponto ou até antes disso.


O que são fluxos de onboarding?

Fluxos de onboarding são linhas de ação que são criadas durante a fase de design do onboarding. Esses fluxos costumam ter um ponto de partida, pontos de contato e um ponto final.


Qual é o objetivo do onboarding?

O onboarding de usuários tem um propósito naturalmente complexo, porém bastante simples. O principal objetivo do onboarding é familiarizar os usuários com um produto, site ou app, mas garantindo que eles tenham a melhor experiência possível.

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Serra Alban

Serra Alban

When I realized I won’t be the next Greta Gerwig I found myself as a creative content writer at UserGuiding. I’ve been obsessed with UX design, customer success, and digital adoption ever since. If you could stare at good UX for hours like me don’t hesitate to hit me up on LinkedIn. I might end up dropping too much movie trivia but hey, old habits die hard.